miércoles, 30 de mayo de 2007

CAIS DE ABRIGO



Já fui ao cais
esperar a chegada
dos meus sonhos
trazidos no vento
do alto mar.
Já fui ao cais
na ânsia das ondas
que soltam as ilusões
em que adormeço
numa viagem ritmada
do mágico traço azul.
Já fui ao cais
para me sentir
regido pelas marés
e no crepúsculo nocturno
partir como quem nasce
ao sabor do acaso
em expansão contínua
e no regresso
trazer nos lábios
a voz das ondas
e na alma a maresia
que o mar concede.
Já fui ao cais
esperar essa chegada
na qual parta
sem ter fim.


9 comentarios:

Angela dijo...

O cais é o ponto de partida onde podemos avistar a magnitude dos nossos desejos.

Gostei muito do teu poema, com cheirinho a mar que eu adoro.

Parabéns pelo bonito blog com tão lindos poemas.

Um beijinho grande.

Daniele dijo...

JP, as palavras que deixou no meu blog, são profundamente sentidas por mim. Fico-lhe muito grata pois é um incentivo incomensurável.

No que tange ao seu poema que há uma cadência musical, no ritmo perfeito. É um deleite puro.

"Para quem quer se soltar
Invento o cais
Invento mais que a solidão me dá
Invento lua nova a clarear
Invento o amor

E sei a dor de encontrar
Eu queria ser feliz
Invento o mar
Invento em mim a sonhadora

Para quem quer me seguir
Eu quero mais
Tenho o caminho do que sempre quis
E um saveiro pronto pra partir
Invento o cais
E sei a vez de me lançar"

Beijos,

Verena Sánchez Doering dijo...

uiii amigo bello se te extrañaba y mucho
me alegra que vuelvas y vuelvas en gloria y majestad como el gran poeta que eres
escribes hermosos versos, sueños que traes y hacen magia
mil besitos y me alegra saber que estas de nuevo aqui
que estes muy bien, un abrazo muy grande y cuidate
besitos


besos y sueños

Saramar dijo...

Cais, começo e fim....
Lindo o poema, me fez suspirar!

beijos

Lia dijo...

Quantas vezes ficamos a ver um barco partir e a pensar no porquê...

Mas esperamos sempre o seu retorno ao porto de abrigo...

Um beijo

Conceição Bernardino dijo...

Olá,
Desculpe a minha ausência, mas o que importa é, que estou de volta.
Continuarei a comentar, é esta a minha maneira de ser:
Oferendo pensamentos de alguém, receba com carinho!

“O tempo não é um conceito empírico derivado de uma experiencia qualquer. O tempo é uma representação necessária que serve de fundamento a todas as intuições.

Kant

Beijinhos no coração
Conceição Bernardino

Unknown dijo...

Um poema lindíssio e muito profundo!
Tinha saudades de te ler.

Beijinhos

Saramar dijo...

Poeta, por onde anda?
Está tão sumido!
Espero que tudo esteja bem.

beijos

Sereia dijo...

Olá, Boa tarde
Gostei muito do teu comentário.
Gostei muito tb do teu poema
jinhos