Precisamos do silêncio para escutar
O mais íntimo de nós a que somos surdos
Nesta encruzilhada de diálogos infecundos
Em que teimamos medir a força de um verbo
Obeso da bulimia de um ouvido faminto
De apenas escutar a sua voz.
Conceder-nos o silêncio, a nossa mudez
Onde a hora calada nos segrede o verbo
Mais antigo e cravado na nossa carne
Purificando o sangue que nos deu vida
Na palavra germinada sem falar.
Colhemos da caminhada no silêncio
A consistência oportuna de um instante verbal.
domingo, 22 de junio de 2008
Suscribirse a:
Entradas (Atom)